Em 2024, a Código Não Binário, em parceria com a Editora Funilaria e o Sesc CPF, organizou uma conversa aberta com McKenzie Wark, teórica cultural e referência global nos debates sobre tecnologia, gênero e capitalismo. Realizado no Sesc 14 Bis, o encontro reuniu mais de 50 pessoas e abriu espaço para explorar temas urgentes como identidade, transição, informação e poder, tudo a partir de uma perspectiva transfeminista crítica.
Com base em sua obra Capital is Dead e A Hacker Manifesto, McKenzie propôs reflexões sobre como o neoliberalismo tecnológico cria uma nova classe dominante: a vetorialista, que controla não só o capital, mas a própria informação. O debate passou por autores como Marx, Foucault, Preciado e Donna Haraway, construindo pontes entre teoria política e práticas de resistência trans e queer.
Mediado por Veronyka Gimenes, o encontro foi também um exercício de imaginação radical: como hackear as estruturas normativas? Como produzir outros futuros, onde informação, corpo e desejo sejam territórios de liberdade? A conversa foi potente, coletiva e profundamente necessária diante dos desafios atuais impostos pela tecnopolítica e pelo capitalismo de vigilância.
(Foto: Divulgação)
Palestrantes
Veronyka Gimenes
Travesti, umbandista e comunista, lidera a Núcleo Digital, onde produz tecnologias para a Democracia, e a Código Não Binário, rede que faz com que diversidade esteja no centro das práticas de política e tecnologia. Âncora do podcast Entre Amigues e memeira na página Ajudar o Povo de Humanas e Esquerda Pensante. Formada em Software, Política e Gênero. Trabalha há 16 anos com desenvolvimento de tecnologias para o setor público e terceiro setor no Brasil e na Europa, produzindo plataformas.
(Foto: Acervo Pessoal)
McKenzie Wark
Escritora e teórica cultural, autora de RAVING, Capital is Dead e A Hacker Manifesto, entre outros. Professora na The New School, em Nova York, seus trabalhos abordam teoria queer, cultura digital e marxismo contemporâneo.
(Foto: Cle?mence Pole?s)
Confira:
Curso Presencial: Entre o Manifesto hacker e O capital está morto, uma conversa com McKenzie Wark