Durante as eleições de 2024, uma artista LGBTQIA+ foi alvo de ataques e perseguições após interpretar o hino nacional em linguagem neutra. A performance, ao mesmo tempo poética e política, reimaginava um dos principais símbolos do Estado brasileiro a partir da vivência trans e não-binária. O gesto gerou reações violentas por parte de setores da extrema-direita e até mesmo de segmentos conservadores da esquerda.
Diante da escalada de LGBTfobia, a equipe da Código Não Binário entrou em contato com a artista oferecendo apoio imediato e multidimensional. Atuamos com suporte jurídico, orientação em captação de recursos para emergências em direitos humanos, segurança digital e estratégias de comunicação. Mesmo sob ataques de figuras públicas e instituições, a artista segue firme em sua expressão política e estética.
Para nós, defender quem ousa hackear os símbolos do poder é também defender o direito de existir com dignidade e liberdade. O gesto da artista é um lembrete de que a arte pode ser resistência e que a linguagem é um campo legítimo de disputa e afirmação de identidades dissidentes.